domingo, 17 de junho de 2012

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL NO CONTEXTO SOCIAL E POLÍTICO DO ESTADO DO RIO DEJANEIRO


RESUMO

A escolha deste tema partiu do desejo de avaliar como vem sendo conduzida a Educação no Estado do Rio de Janeiro, desde a implantação dos CIEP’s até os dias atuais.
O que foi feito, o que deixou de ser feito, e o que poderia ter sido feito e qual realidade poderíamos encontrar, caso o Programa dos CIEP’s não tivesse sido abortado, tanto em relação aos alunos, quanto aos profissionais da Educação envolvidos, além da infra-estrutura utilizada nos prédios e na administração pública em relação aos mesmos.
Demonstrar que a Educação no Estado do Rio de Janeiro deve ser encarada como um programa para beneficiar a população mais carente e não servir como base para Campanhas Eleitorais, visando assim, avaliar de maneira imparcial, os pontos fracos e pontos fortes desde a implantação dos CIEP’s; demonstrar a importância da escola em tempo integral com ensino de qualidade; valorizar o trabalho docente, proporcionando aos mesmos, salários justos e meios para que possam executar sua tarefa em ambiente adequado e de qualidade; inserir todos os profissionais envolvidos no trabalho direto com os CIEP’s em cursos de aperfeiçoamento e capacitação profissional. No entanto, a cada governo que entra, uma parte do projeto original é descaracterizada.
Através do tempo integral nas escolas de Ensino Fundamental, os educandos terão a oportunidade de ter um convívio social mais digno. Como a permanência na escola é maior, os alunos terão atividades diversificadas, com acesso aos Esportes, as Artes e as Atividades Culturais, além de uma alimentação nutritiva e balanceada, diminuindo assim a desigualdade social imposta por anos de defasagem educacional.
Os altos índices de crianças e adolescentes envolvidos, nos últimos anos, na criminalidade dentro do Estado do Rio de Janeiro, provavelmente poderiam ser bem menores, caso esses pequenos cidadãos estivessem dentro do CIEP e se tivesse havido interesse político em dar continuidade a este programa educacional.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho inicia-se com um breve histórico sobre a Educação em Tempo Integral no Mundo e no Brasil, os precursores e os principais incentivadores, culminando com uma pesquisa baseada nos CIEPs, implantados no Estado do Rio de Janeiro, além de contemplar os avanços na legislação brasileira. 
O Centro Integrado de Educação Pública, Ciep, é um marco na história recente do país, principalmente quando nos referimos a Educação em Tempo Integral. O CIEP encontra-se entre as poucas ousadias do Estado brasileiro em relação à melhoria da Educação tendo como um dos objetivos a superação do atraso escolar, a fim de diminuir a desigualdade social e garantir o direito à cidadania.
Surgiu no Estado do Rio de Janeiro durante o governo de Leonel Brizola, e deveria expandir-se por todo o território nacional. Concebido por Darcy Ribeiro, tinha o propósito de garantir à criança pobre o direito à educação plena, instrumento libertador para que todos possam se desenvolver e conquistar um espaço digno na sociedade.
O projeto arquitetônico que foi criado por Oscar Niemeyer, tinha a capacidade de acolher mil alunos em espaços compatíveis com a dignidade ambiental e era composto de salas de aula, biblioteca, quadra esportiva, além de atendimento médico e odontológico, cozinha e refeitório.
O conteúdo pedagógico enfatizava a escrita, a leitura e a aritmética, sem prejuízo das demais matérias, buscando qualificar o aprendizado da linguagem a fim de que a comunicação fosse assimilada pelas classes menos favorecidas, colaborando com o progresso social para que assim tivéssemos uma sociedade mais igualitária, com a elevação da auto-estima e acesso pleno aos direitos civis e sociais dos cidadãos brasileiros. As famílias, em sua grande maioria, aprovavam o tratamento que seus filhos e eles próprios recebiam da escola pública que os tratava com distinção. Crianças e adolescentes puderam conhecer no Ciep o aprendizado lúdico, prazeroso, interativo. Trabalhavam a cognição em ambiente seguro e digno, onde seu potenciai apresentava-se em crescente expectativa de desenvolvimento através das atividades educativas, artísticas, desportivas e culturais em tempo integral, das oito horas da manhã às cinco da tarde. Os alunos eram assistidos por uma equipe de educadores enquanto a maioria dos pais saía de casa para trabalhar. Os pais se sentiam tranquilos, pois, sabiam que seus filhos estavam recebendo alimentação, assistência à saúde e educação formal, necessários para o crescimento físico e para o desenvolvimento neuro-psicomotor. Reproduzindo a visão de Winnicot, para quem educar é garantir a estimulação favorável em ambiente seguro e afetivo.
Darcy Ribeiro definiu bem o projeto: "Sem essa base, a criança estará condenada à marginalidade e ao risco de cair em delinquência". E completou: "Isso é verdade, sobretudo para a criança das áreas metropolitanas, que tem mais a escola do lixo e da criminalidade do que a escolaridade mínima indispensável para se realizar pessoalmente através do trabalho e para exercer conscientemente a cidadania".
O compromisso social era abrangente e atraía crianças moradoras de rua que, motivadas pela expectativa de uma mudança real de vida, viram no CIEP uma esperança de ter um lar, e alguns passaram a residir na escola, onde ficavam sob os cuidados de "pais sociais" — funcionários preparados para esta missão.
A construção das unidades era rápida; o custo, reduzido, utilizava o pré-moldado, que acelerava a execução da obra. Porém, para alguns políticos opositores do Governo vigente, que viam os CIEPs apenas como plataforma com finalidade eleitoreira; no meu entendimento, a partir do momento em que as unidades passaram a receber popularmente o nome de BRIZOLÃO, determinava ali o seu “abandono” político.
Caso os CIEPs tivessem sido disseminados no país, provavelmente, a sociedade já estaria um passo a frente para a dimensão igualitária sonhada, mas Infelizmente, tudo o que pode ser feito visando à igualdade social acaba sendo desmontado pelo poder econômico.
O modelo do CIEP foi desfeito há mais de vinte anos, logo, restaram apenas prédios precários, convertidos em escolas desqualificadas, além dos baixos salários, que desestimulam os profissionais envolvidos no projeto dos CIEPs, e a falta meios para dar-lhes a qualificação necessária para lidar com esta realidade diferenciada de ensino público.


1 Educação Integral: sua origem no mundo e no Brasil

A educação em tempo integral surgiu como uma forma de inserir o aluno no mercado de trabalho, no século XIX. Durante este período, seguiam-se dois conceitos: o conceito dos anarquistas e o conceito dos socialistas, a saber:

<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Conceito Anarquista: as crianças eram enviadas para instituições educacionais gratuitas, a partir dos 10 anos de idade, onde eram preparadas para trabalhar na linha de produção das fábricas da Inglaterra.

<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Conceito Socialista: toda criança deixa de ser responsabilidade da família, após os 5 anos de idade, e passa a ser a escola, responsável pela educação científica ou teórica e também pela educação industrial.

As primeiras experiências de escola em tempo integral foram concebidas por Paul Robin, na França, e por Francesc Ferrer, (criador da Escola Moderna em 1901), na Espanha; onde ambos utilizavam no cotidiano escolar jogos e atividades artísticas como: música, dança, escultura, pintura e literatura.
No mesmo período, intelectuais da Escola Nova como John Dewey, enfatizaram a ideia de que “educação é vida e não preparação para a vida”.
As experiências educacionais da Escola Nova desenvolvidas durante o século XX tinham algumas das características básicas que poderiam ser consideradas como sendo uma concepção de escola de educação integral. As próprias denominações assumidas por estas escolas já indicavam seus objetivos. São elas: “escolas de vida completa” inglesas; os “lares de educação no campo” e as “comunidades escolares livres” na Alemanha; a “escola universitária” nos EUA; as “casas das crianças” orientadas por Montessori, na Itália; a “casa dos pequenos”, criada por Claparède e Bovet em Genebra; a “escola para a vida”, criada por Decroly em Bruxelas, Freinet, na França e muitas outras mais.
No Brasil, o pioneiro do sistema de escola em tempo integral, foi Anísio Teixeira que, em 1950, fundou em Salvador, na Bahia, a Escola Parque. Os alunos atendidos nessa instituição estudavam em um período nas chamadas Escolas-Classe e no turno complementar praticavam atividades diversificadas na Escola Parque.
Anísio Teixeira se inspirou na filosofia de John Dewey, que foi seu professor, quando fez pós-graduação nos Estados Unidos e que considerava ”... a educação uma constante reconstrução da experiência”, passou então, de gestor, a ser considerado um filósofo da Educação e disse: “... fatos considerados como verdadeiros não são definitivos, e a busca deve ser contínua”.
Para Anísio Teixeira, a escola tinha que ser de tempo integral para alunos e professores, devendo também ser municipalizada para assim poder atender os interesses da comunidade.
Anísio Teixeira, enquanto secretário da Educação e Saúde do Estado da Bahia (1947) criou também o Centro Educacional Carneiro Ribeiro, em Salvador.
PS: Mesmo estando presente em sua obra, Anísio Teixeira não usa a expressão “educação integral”.
Na década de 1980, foram criados os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps) no Rio de Janeiro, (projeto político da esfera estadual), e os Centros de Educação Integrada (Ceis) em Curitiba (projeto de iniciativa municipal) que funcionam até hoje.
No ano de 1991, no mandato do então presidente, Fernando Collor de Mello (1990-1992), foi implantada, a nível nacional, a proposta dos Centros Integrados de Atendimento Integral à Criança (Ciacs), inspirados no modelo dos Cieps. Os Ciacs combinavam ações educacionais, programas de assistenciais, formação profissional e lazer para as crianças e aos adolescentes atendidos pelo projeto e que desenvolviam as atividades em tempo integral no próprio espaço da escola, se apresentando assim como uma “inovação” pedagógica.
Segundo, Ana Maria Cavaliere, (2002), a concepção de educação integral, é herdeira da corrente pedagógica “escolanovista”, e que a partir dos anos 80, após a implantação dos CIEPs, tinha como um dos objetivos, “valorizar atividades ou experiências em sua prática cotidiana.”
Os CIEP’s foram implantados por Darcy Ribeiro, em 1985, durante o Governo de Leonel Brizola no Estado do Rio de Janeiro, trazendo propostas de educação em tempo integral para atender as necessidades da sociedade e que ainda hoje, a mais de vinte anos, servem de base para os programas de formação continuada das secretarias de educação.

1.1 Definições e Objetivos

1.1.1 Relação entre Educação e Trabalho:

<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Pedagogia Ativa Liberal: o alemão Kerschensteiner, implantou a “Escola do Trabalho”, baseada em atividades manuais e técnicas, mas ao mesmo tempo, restituiu a literatura e a arte, utilizando o trabalho como recurso didático e não como parte principal.

“Só é valioso o trabalho que traz uma contribuição para a      sociedade” (Kerschensteiner, apud Machado, cap. 2, 1989)

<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Pensamento Socialista: a educação escolar deve estar associada à produção, dando ênfase ao papel do homem no mercado de trabalho capitalista.

 1.1.2 Diferenciar Educação em Tempo Integral de Extensão do Tempo de Escolaridade:

A educação em tempo integral deve apresentar novos horizontes e perspectivas educacionais para não evidenciar a tendência de “fazer em mais tempo aquilo que já se faz hoje” (Vitor Paro).
A educação em tempo integral não pode ser vista apenas como uma maneira de preparar, com urgência, os alunos para realizarem os “PROVÕES”, cujo resultado servirá apenas para aumentar os indicativos gráficos de uma suposta “melhoria” na educação nacional, e que a escola, não seja apenas um lugar para “guardar” crianças e adolescentes, enquanto seus pais trabalham.
A escola deve auxiliar o aluno a se tornar um cidadão completo, inovador, empreendedor e onde os educadores sejam os mediadores entre o educando e a educação. Deve-se pensar no aluno como um ser integral, como um sujeito em condição multidimensional, que tem sonhos e desejos de crescimento e que deverá desenvolver-se em seus aspectos cognitivo, físico, afetivo e social, sendo a ele garantida a cidadania. Para alguns educadores e estudiosos, escola em tempo integral significa confinamento, mas para outros significa um local de oportunidades. “Para muitos alunos, essas escolas foram a única abertura para uma vida melhor.” (Nunes, C. 2001 p.12-13)
Deve-se lembrar sempre que a escola deve ser um local agradável, onde a criança sinta o desejo de querer estar, de querer conviver com colegas e professores, produzindo sua própria cultura coletivamente, através de aprendizagens alternativas.
Em alguns casos, as crianças de comunidade não têm acesso a linguagens e espaços diversificados como as crianças da classe média; mas na escola de tempo integral, os mesmos, passam a ter oportunidade de adquirir novos conhecimentos, além de hábitos e valores simples como cuidar da higiene pessoal, no ato de escovar os dentes e tomar banho e até criar nele o hábito da leitura, onde poderá ir além da biblioteca, devendo ser estimulado, através de novas formas de leitura crítica, onde será demonstrado que, com o que se vê na TV, no DVD, no Teatro, no Cinema, na Educação Física, através das práticas esportivas, adquire-se noções de valores e de respeito às regras.
No entanto, para que haja a implantação das escolas em tempo integral, existe a necessidade da vontade política, pois para suprir esta demanda, existe um custo, e os políticos brasileiros tem que entender que: “educação não representa despesa, ela é um investimento que traz retorno social e econômico”, e para o bom andamento é necessário dispor de recursos materiais e humanos, além de treinar e capacitar todos os profissionais da educação e o pessoal de apoio que trabalha diretamente com o aluno.
A entrada dos adolescentes no mercado de trabalho informal, que é uma das principais causas da evasão escolar, provocada pela necessidade de auxiliar na renda familiar, será reduzida, pois, na escola, esses alunos terão suas necessidades básicas supridas. Alimentação, transporte gratuito e segurança oferecidos pela escola dão aos pais a sensação de que seus filhos estão sendo bem cuidados, além de receberem material didático necessário a aprendizagem.
O apoio da comunidade e das instituições da sociedade civil, também são fortes aliados para que se possa alcançar esses objetivos.
Essa nova proposta pedagógica dava ênfase ao estudo dirigido, que elevaria o rendimento escolar dos alunos, além de abrir espaço para integrar a escola á comunidade, através da promoção de eventos diversificados que reuniam alunos, professores, pais, artistas conhecidos e também membros das comunidades que passariam a fazer animação cultural, surgindo assim, uma virada na educação.

2  Aspectos positivos e aspectos negativos

2.1 Custo e Tempo

(-) Segundo Costa (1991), o custo de cada aluno/ano de um CIEP, é três vezes maior do que o de um aluno da escola convencional, sendo 60% destes recursos gastos com pessoal;
(-) Outros problemas a serem resolvidos são: superlotação das salas de aula, o baixo salário dos professores, instalações precárias, falta de pessoal especializado, além da real necessidade de capacitação dos professores;
(-) Verba não programada para custear a especialização de professores e dos profissionais envolvidos direta e indiretamente nos CIEPs;
(-) Os profissionais dos CIEPs deixavam os alunos ociosos por longas horas;
(-) O tempo integral não garante a melhoria da qualidade do ensino em tempo parcial;
(-) A instrução teve seu tempo reduzido e a socialização passou a ser imposta de maneira autoritária;
(-) O caráter assistencialista;
(-) A ausência de transparência nos gastos públicos;
(-) A falta de verba própria enfraquece a proposta original;
(?) Despesas com Educação e Cultura = 43% do orçamento do município do Rio de Janeiro (1986);
(?) Despesas com Educação e Cultura = 30,25% do orçamento do Estado do Rio de Janeiro (1986);
(+) Maior quantidade de horas é uma condição para melhorar a qualidade do ensino;
(+) Segundo Paro et al (1988a), “deve-se reconhecer a função educacional da escola e também a socialização das crianças que passam a ter acesso a ambientes coletivos diversificados para o lazer”;
(+) Projeto pedagógico diferenciado e de qualidade, com importância histórica na educação do nosso país;
(+) Encontros pedagógicos mais frequentes;
(+) Valorização do trabalho intelectual.
            2.2 Políticas públicas e sociedade.

(-) (Oliveira, 1991) A posição do Governador Brizola, em que os CIEPs eram vistos como escola para pobre, escola feita para tirar criança da rua;
(-) (Xavier, 2001) Em seu estudo sobre a descontinuidade da política educacional entre 1975 e 1995, viu os CIEPs como uma forma de prevenção da violência.
(-) Proposta curricular da SME, cujo conceito era de “educação para as classes populares”, vinha atrelada a uma diminuição na qualidade do ensino;
(-) A população associou a ausência de reprovação nos Cieps, como escolas “fracas” ou desorganizadas,
(-) A falta de tradição de tempo integral na escola brasileira;
(-) Os Cieps foram vistos como escolas para crianças semimarginalizadas;
(-) Uso político partidário dos CIEPs, vem de encontro com o verdadeiro sentido da sua criação, isto é, a melhoria da Educação.
(-) Políticos da oposição questionavam sobre o que havia dentro dos prédios “bonitos” e que causavam impacto;
(-) A manutenção da parte física é constante e complexa, atrapalhando assim, a rotina escolar;
(-) Políticos da oposição davam ênfase ao caráter assistencialista;
(-) Políticos da oposição questionavam a localização “estratégica” dos CIEPs, pois, grande parte fica localizada a beira de rodovias;
(-/+) Propagandas veiculadas na televisão davam “idéia” de que as crianças que estavam cometendo delitos passariam a ficar na escola durante todo o dia.
(+) Os pais estavam satisfeitos; a população desejava esses projetos;
(+) (Lima, 1988) A segurança dada aos pais, por saberem que seus filhos          estavam na escola;
(+) (Lobo Jr, 1988) Entusiasmo das comunidades, que em um consenso vulgar, aprovavam a escola mesmo sem ter conhecimento se o ensino teria qualidade;
(+) (Oliveira, 1991) Expectativa favorável da população;
(+) (Maurício e Silva, 1995) Índice de aprovação da comunidade em relação ao horário integral foi acima de 80%;
(+) Diminuição das desigualdades sociais;
(+) Transporte escolar gratuito;
(+) Diminuição dos índices de evasão escolar;
(+) Participação da comunidade nas manifestações artísticas e culturais, onde cada membro podia dar a sua contribuição;
(+) Alimentação de qualidade servida aos alunos e professores diariamente;
(+) Material didático gratuito oferecido para alunos e professores.
(+) Participação efetiva em atividades culturais, recreativas e esportivas.

2.3 Desenvolvimento dos alunos

 (+) Habilidades da fala: alunos dos CIEPs tinham domínio superior;
 (+) Argumentação: os alunos dos CIEPs apresentaram maior capacidade de pensamento crítico, não reproduziram o senso comum e assumiam sua participação como membros de sua comunidade.
 (=) Desempenho nas habilidades: homogênio;
 (-) Campo ideológico: divergência nos temas escolhidos;
PS: Em relação ao levantamento socioeconômico, os alunos dos CIEPs eram mais pobres que os alunos da escola convencional.
Fonte: resultado de pesquisas realizadas em (1990, 1991b, 1992) por Leonardos.

2.4 Docentes

“Só um professor que é sujeito de suas próprias ações pode permitir aos alunos que sejam sujeitos de sua própria aprendizagem” (Darcy Ribeiro).

(-) Professores estavam executando tarefas que “fugiam” da realidade do papel que deve ser exercido pelo educador, que é o de ser mediador no processo ensino-aprendizagem (alguns profissionais se sentiam “humilhados” em executar tarefas como: dar banho e até catar piolhos nos alunos);
(-) Durante a V CBE (Brasília, 1988), onde dois painéis eram apresentados; aquele que representava as “Políticas Educacionais”, isto é, a prática docente, teve uma pequena participação de educadores. Durante os debates e discussões, eram poucos os professores que se apresentaram para dar sugestões, fazer questionamentos e, os projetos pessoais (o “meu” projeto, aminha” escola) davam lugar ao que deveria ser um Projeto Social Coletivo;
(-) A instabilidade dos Cieps da rede estadual gerou receio entre os professores de trabalharem neles;
(-) A falta de uma equipe pedagógica sobrecarregava o trabalho dos professores;
(-) A acústica das salas de aula, permiti a passagem do som entre os ambientes, pois possuem paredes que não vão até o teto, e isto prejudica ao trabalho pedagógico;
(+) (Paro et al, 1998b e Brandão, 1989) O professor que trabalha em tempo integral, teria tempo para planejar, preparar o material didático e fazer cursos de aperfeiçoamento;
(+) (Arroyo, 1988 e Costa, 1995) O maior tempo de permanência na escola faria com que o professor se envolvesse mais com o projeto da escola.

3 CIEP

            3.1 Início de um sonho

   “As nossas crianças merecem ainda mais.
Elas representam o que o Brasil tem de maior
valor e também os nossos próprios destinos, como nação livre e democrática empenhada na construção de uma existência digna para todos os seus filhos” (Leonel Brizola, 1986)

Em 1983, devido ao estado de precariedade em que se encontrava a rede escolar, foi criada, pelo então Governador do Estado do Rio de Janeiro, o Sr. Leonel Brizola, a Comissão Coordenadora de Educação e Cultura, presidida por Darcy Ribeiro e que integrava as Secretarias de Educação do Estado e do Município e também a reitoria da UERJ.
Foi lançada a Campanha Mãos à obra nas Escolas, onde 787 escolas foram reformadas e tiveram a provação das comunidades que, inclusive, ofereceram-se para fazer trabalho voluntário.
Aos gestores, foi dada autonomia para que pudessem adquirir alimentos frescos para a merenda escolar, prestando posteriormente contas as secretarias de educação.
O CIEP Tancredo Neves, localizado no bairro do Catete, no município do Rio de Janeiro, é o primeiro CIEP a ser inaugurado (1985) e contou com a presença do então presidente da república, o Sr. José Sarney.
De 1985 a 1987, são inaugurados 127 CIEPs no Estado e no município do Rio de Janeiro.
O Programa Especial de Educação foi interrompido em 1987 e retomado em setembro de 1991 no 2º Governo Leonel Brizola, sob orientação de Darcy Ribeiro.
Em dezembro de 1994, foram entregues à população do Estado do Rio de Janeiro, quatrocentos e seis (406) Centros Integrados de Educação Pública (CIEP), com 205.800 vagas para o Ciclo Básico, 137.200 vagas para a Educação Juvenil, 52.800 vagas nos Ginásios Públicos e 30.000 para Ensino à Distância (EaD), atendendo 425.800 alunos, mas somente em 338 unidades foi implantado o Programa Especial de Educação, no qual os alunos permaneciam por oito horas diárias na escola, recebiam as quatro refeições necessárias e atividades integradas obrigatórias do Ciclo Básico.
A Secretaria Estadual de Educação, responsável por uma rede de mais de 2.800 escolas problemáticas, levou o Governo do Estado a criar uma Secretaria Extraordinária com o objetivo específico de montar, equipar e implantar o Programa Especial de Educação nos 406 CIEPs previstos. Os 97 CIEPs já prontos se encontravam sob administração do Município do Rio de Janeiro. A Secretaria Extraordinária de Programas Especiais foi estruturada com as Diretorias Pedagógica, de Capacitação e de Ginásios Públicos, dividida em doze Coordenações que assumiram a responsabilidade de supervisionar e treinar os elementos envolvidos nas atividades do Programa.
São eles:

<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Acompanhamento Pedagógico,
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Treinamento,
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Estudo Dirigido,
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Educação Física,
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Teleducação,
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Animação Cultural,
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Material Didático,
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Biblioteca,
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Saúde,
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Alunos Residentes,
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Educação Juvenil e Apoio.

Entre 1991 e 1992 a Empresa de Obras Públicas reformou os 118 CIEPs já prontos desde 1984 e finalizou mais 37 que haviam tido suas obras paralisadas.
Entre 1993 e 1994 foram entregues mais 251 unidades novas, além da reforma de todo o mobiliário e equipamentos dos 118 CIEPs que se mantiveram em funcionamento desde 1984 e a aquisição do material permanente e equipamentos para os CIEPs finalizados, dos quais 700 itens relativos ao acervo das bibliotecas dos 406 CIEPs e 5 CIACs implantados entre 1991 e 1994.
Surge outro grave problema: a carência de professores para o Ciclo Básico para o interior e para os Ginásios Públicos de todo o Estado. A solução encontrada foi “incorporar” o Professor Bolsista, para atuar nas 406 unidades. O professor bolsista surgiu através do convênio celebrado com a UERJ; as bolsas de estudo continham 1.600 horas em Cursos de Atualização. O bolsista permanecia por 4 horas em prática pedagógica e nas outras 4 horas fazia o Curso de Atualização. Este trabalho era supervisionado pelos Professores Orientadores e avaliado pela Direção de Capacitação do Magistério da Secretaria Extraordinária.
Diretores, professores e todo o pessoal de apoio, precisavam ser preparados para assumir suas funções em uma escola de tempo integral, e isto exigia um planejamento integrado de todas as atividades, considerando-se que, com a adoção da Avaliação Continuada e do sistema construtivista de alfabetização, os professores precisavam se familiarizar com os processos e procedimentos necessários à aplicação do projeto.
Os treinamentos tiverem seu inicio em 1992, e sua execução era feita de forma diferenciada. Os Diretores Gerais e Adjuntos recebiam 80 horas de treinamento na Secretaria; os Professores Orientadores, 24 horas de treinamento e, posteriormente, 8 horas por mês nas suas unidades durante todo o ano letivo. A cada bimestre também eram realizados treinamentos por Pólo, que reuniam profissionais de vários CIEPs localizados em municípios próximos para 8 horas de debates e avaliação do trabalho realizado.
Pode-se dizer que, os Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs) eram escolas para alunos e também centros de formação de professores.
Estes treinamentos eram específicos para que Diretores Gerais e Adjuntos fossem preparados para suas funções em uma escola de tempo integral, e que professores orientadores, bolsistas e todo o pessoal de apoio também recebessem um treinamento inicial para se familiarizarem com suas funções.
O Programa Especial de Educação determinava que todos os CIEPs deveriam funcionar ordenados dentro de um projeto pedagógico único e de uma organização escolar padronizada, tanto pedagógica com administrativamente, para isso foram produzidos Manuais Operacionais de Recursos Humanos e Materiais para  definir  tarefas e procedimentos que deveriam ser  aplicados em todo o projeto pedagógico.
As equipes dos CIEPs eram formadas por: Diretor Geral e Adjunto, professor orientador, professor regente, professor regente (ed. juvenil), professor de educação física, bibliotecário, animador cultural, agente administrativo, datilógrafo, encarregado, zelador, merendeira, servente, mãe social, médico, odontólogo, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e atendente de odontologia.
Surge um outro grave problema que se fazia urgente em sua necessidade de solução: o fornecimento de merenda escolar. Este se mostrou ineficiente pois a compra e estocagem de grandes quantidades de alimentos para serem distribuídos levaram  à deterioração, e com isto, o controle se tornou  deficiente para manter um cardápio balanceado.
A solução veio com a descentralização e a compra passou a ser feita pelas diretoras que acabaram por adquirir esses alimentos no comércio local, geralmente pagando um valor maior, e sendo assim, não havia como controlar a qualidade da refeição servida. Centralizou-se novamente a compra, sem estocagem, buscando assim um controle absoluto sobre a quantidade e qualidade. (Como comprovar?)
Os CIEPs surgiram como uma forma de desenvolver uma política educacional, para dar prioridade no sistema escolar para as crianças das classes populares que foram discriminadas durante décadas e onde os valores individuais, culturais e sociais deveriam ser desenvolvidos, o maior compromisso, no entanto, era tornar a sociedade mais justa e democrática. Dar atenção “diferenciada” a esses cidadãos/educandos, não significa desprezar os outros, o objetivo maior era promover a igualdade para todos. 
Toda criança, independente de raça, credo, classe social, entre outros aspectos, deve aprender na escola a ter atitudes básicas e posicionamento diante da sociedade, da família e de si próprio, para facilitar a sua comunicação, garantindo assim o acesso a novas oportunidades de crescimento através do conhecimento. Cada aluno deve ter tempo suficiente e necessário para familiarizar-se com a língua falada pela professora e que ele desconhece; deve obter informações básicas sobre o seu papel e importância na sociedade, além de aprender e apreender através das aulas, da leitura e da prática, possibilitada por sua permanência em maior tempo na escola, que possui o direito de existir socialmente. Essa maior disponibilidade de tempo é um dinamizador para a realização de diversas atividades educativas, assim como a frequência à Biblioteca e à Videoteca, o trabalho nos laboratórios, a educação física e a recreação
A integração entre a cultura da escola e a cultura da comunidade, é uma forma de obter benefícios para todos.

Destaques:

-Iº Encontro de professores do Estado e do Município do Rio de Janeiro, onde foram discutidas as metas educacionais apresentadas pelo governo de Leonel Brizola;
-Encontro de Mendes, onde alguns professores são convidados para participar do (PEE) Programa Especial de Educação;
-IV CBE (Conferência Brasileira de Educação), realizada em Goiânia, em 1986, onde a proposta dos CIEPs foi apresentada para educadores de todo o país;
-V CBE (Conferência Brasileira de Educação), realizada em Brasília, em 1988;
-Movimento Escola Viva – Viva a Escola;



3.2 Proposta Pedagógica

Com base no princípio da igualdade de direito para todos os cidadãos brasileiros, deveria ser assegurado aos educandos o domínio “mínimo” da escrita e da leitura.
O reconhecimento das experiências vividas e a valorização do conhecimento prévio adquirido, aliado ao conhecimento formal, se fazem necessários para sua convivência na sociedade e conseqüente transformação da dura realidade.
Os conteúdos dados deveriam ser ligados a realidade e aos interesses dos alunos, para auxiliá-los além do raciocínio lógico e as atividades seriam desenvolvidas em tempo integral na própria escola. 
Parte das coisas que se deve aprender na escola referem-se, também, as atitudes básicas de comportamento diante da sociedade, da família e de si próprias. Toda forma de comunicação poderá ser aperfeiçoada através das aulas de língua portuguesa que devem ocupar o dobro da duração das outras matérias, para o aluno familiarizar-se com a língua culta falada pela professora e que ele desconhece, e obter informações básicas sobre o funcionamento da sociedade.
O desenvolvimento de cidadãos críticos, atuantes, livres de preconceitos, autoconfiantes, motivados e dinâmicos são essenciais no processo de ensino/aprendizagem.
Apesar de apresentar uma “inovação” pedagógica, essa proposta não escapa das críticas dos políticos adversários e por apresentarem graves problemas de ordem financeira e operacional.

3.3 Eixos Norteadores

<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Vontade política: conceito e pré-conceito em relação ao respeito e a aceitação da diversidade cultural;
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Linguagem e Alfabetização: priorizar a linguagem nas séries iniciais, decodificar letras e sons na construção do conhecimento através da aquisição da língua escrita e sua representação, valorizar as disciplinas de Educação Física e Educação Artística com suas especificidades, através da expressão dos códigos relacionados aos sentidos, ao corpo e as artes em geral;
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Integração Educação/Cultura: Valorização da cultura da comunidade utilizando os animadores culturais para apresentarem as manifestações artísticas desenvolvidas no interior da comunidade, resgatando assim a sua identidade;
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Democratização e Poder dentro da escola: Aprender a “ouvir” o coletivo da escola com suas idéias e opiniões, refletir sobre todas as propostas e decidir também, de forma coletiva, indo além dos limites da escola, tendo de fato, uma direção colegiada;
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Avaliação: Ir além dos conceitos para aprovação ou reprovação;
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Essência dos Conteúdos/ Interdisciplinaridade: Adoção de conteúdos mínimos para todos os CIEPs, mas que tivessem articulação lógica dentro de cada disciplina e entre elas, com o objetivo de integrar para formar uma consciência crítica, possibilitando aos alunos a elaboração de conceitos, priorizando a utilização da língua portuguesa, mas permitindo o desenvolvimento da criatividade, do processo de descoberta de novas formas de expressão oral e escrita, estimulando novas formas de pensar, de agir e reagir.
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Treinamento Permanente de Professores: Capacitação e atualização constante para o corpo docente através de encontros pedagógicos realizados pela CPT (Consultoria Pedagógica de Treinamento), onde os professores eram levados a reflexão sobre suas experiências bem sucedidas, sua práxis, seu dia a dia, além dos conteúdos, metodologia, processos de gestão e de avaliação.
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->1-Treinamento Intensivo: encontros com duração de três a dez dias.
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->2-Treinamento em Serviço: em cada CIEP deve haver um professor-orientador ou coordenador de cada uma das disciplinas, que será o multiplicador entre seus colegas regentes.

<!--[if !supportLists]-->3.4   <!--[endif]-->Estrutura Geral do CIEP

Cada CIEP possui três blocos construídos em concreto pré-moldado.
Bloco Principal: Três andares, com 18 a 20 salas de aula, centro médico, cozinha e refeitório, e também áreas de recreação e apoio;
Segundo Bloco: Ginásio coberto com quadra, vestiário e arquibancada, também chamado de Salão Polivalente, pois seria utilizado para atividades culturais como: teatro, show e festas, além das atividades esportivas e competições;
Terceiro Bloco: prédio octogonal, onde havia a biblioteca e sobre ela, um alojamento para doze alunos que poderiam “morar” em caso de necessidade.
Funcionamento em TEMPO INTEGRAL: Das 08:00 às 17:00h para 600 alunos e das 17:00 às 22h para 400 alunos. Total de 1000 alunos atendidos por CIEP.

3.4.1 Atendimento diferenciado

Em cada CIEP havia o chamado Mãe/Pai Social (casal). Eles ficavam responsáveis por até 12 crianças/adolescentes que durante a semana não podiam voltar para suas casas, por motivos diversos, então, se “hospedavam” nos CIEPs em regime de semi-internato e só saiam no final de semana.
Nos espaços alternativos realizavam múltiplas atividades educativas, como o estudo dirigido, a freqüência à biblioteca e à videoteca, o trabalho nos laboratórios, a educação física e a recreação. (Para todos os alunos).

4 Legislação Brasileira

Em 1932, um grupo de educadores, lançou um manifesto público, que ficou conhecido como "Manifesto dos Pioneiros da Educação", cuja proposta era a reconstrução educacional. Pelo fato de suas idéias terem alcançado grandes proporções, o documento elaborado por estes educadores, motivou a campanha que resultou na inclusão de um artigo específico na Constituição Brasileira de 16 de julho de 1934.
O art. 150 competência da União "fixar o plano nacional de educação, compreensivo do ensino de todos os graus e ramos, comuns e especializados; e coordenar e fiscalizar a sua execução, em todo o território do País".
O art. 152, “competência precípua ao Conselho Nacional de Educação, organizado na forma da lei, a elaborar o plano para ser aprovado pelo Poder Legislativo, sugerindo ao Governo as medidas que julgasse necessárias para a melhor solução dos problemas educacionais bem como a distribuição adequada de fundos especiais".
Em 1962, surgiu o primeiro Plano Nacional de Educação, elaborado na vigência da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 4.024, de 1961. O PNE foi uma iniciativa do Ministério da Educação e Cultura, aprovada pelo Conselho Federal de Educação, mas não era um projeto de lei; “era um conjunto de metas quantitativas e qualitativas a serem alcançadas num prazo de oito anos.”
Em 1965, este plano foi revisto, e nele foram introduzidas normas descentralizadoras, estimulando assim a elaboração de planos estaduais de educação.
Em 1966, uma nova revisão, que se chamou Plano Complementar de Educação, introduziu a distribuição dos recursos federais, beneficiando a implantação de ginásios orientados para o trabalho e atendimento de analfabetos com mais de dez anos.
Em 1967, surgiu a proposta da criação de uma lei específica pelo Ministério da Educação e Cultura, mas, mesmo sendo bastante discutida durante os quatro Encontros Nacionais de Planejamento, a elaboração desta lei não se concretizou.
“Com a Constituição Federal de 1988, cinqüenta anos após a primeira tentativa oficial, ressurgiu a idéia de um plano nacional de longo prazo, com força de lei, capaz de conferir estabilidade às iniciativas governamentais na área de educação.”
A Constituição Federal (1988) veio fortalecer a percepção da educação como um direito social e estabeleceu uma ampla rede de proteção à criança e ao adolescente, através da regulamentação do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA que afirma no seu art. 227 ser dever “... da família, da sociedade e do  Estado  assegurar  à  criança  e  ao  adolescente,  com  absoluta  prioridade,  o  direito  à  vida,  à  saúde,  à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão” e também da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que indicou o aumento progressivo da jornada escolar para 7 horas diárias como política pública educacional; e o Plano Nacional da Educação (PNE-2001-2010) que aponta para a ampliação da jornada escolar para turno integral.
A educação integral deve agregar novos paradigmas entre escolas e espaços de organizações socioculturais e esportivas, entre outras, e isso é possível, através da ampliação da jornada escolar que surge como um avanço significativo para diminuir as desigualdades sociais e para ampliar democraticamente as oportunidades de aprendizagem.
Em 10 de fevereiro de 1998, o Deputado Ivan Valente apresentou no Plenário da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 4.155/98 que "aprova o Plano Nacional de Educação", que veio atender aos compromissos assumidos pelo Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública e consolidar os trabalhos do I e II Congresso Nacional de Educação (CONED) que sistematizou as contribuições dos diferentes segmentos da sociedade civil. Este documento "contempla dimensões e problemas sociais, culturais, políticos e educacionais brasileiros, embasado nas lutas e proposições daqueles que defendem uma sociedade mais justa e igualitária".
O Plano Nacional de Educação tem como METAS:
21- “Ampliar, progressivamente a jornada escolar visando expandir a escola de tempo integral, que abranja um período de pelo menos sete horas diárias, com previsão de professores e funcionários em número suficiente.
22- “Prover, nas escolas de tempo integral, preferencialmente para as crianças das famílias de menor renda, no mínimo duas refeições, apoio às tarefas escolares, a prática de esportes e atividades artísticas, nos moldes do Programa de Renda Mínima Associado a Ações Sócio-educativas.
No cenário político nacional atual, observa-se uma “urgência” em se adotar políticas públicas que visem a melhoria da qualidade da educação básica. Para que isso ocorra, o poder público e a sociedade civil estão unindo esforços na tentativa de alavancar os indicadores educacionais, destacando iniciativas como a ampliação progressiva da jornada escolar nas redes públicas de ensino, através da educação em tempo integral. 
Essa proposta de ampliação da jornada escolar vem ganhando um espaço cada vez maior nas políticas públicas das três esferas admistrativas de Governo, isto é, de âmbito federal, estadual e municipal, através de implantação de programas e também na formulação e aprovação de leis específicas sobre o tema.
PS: Em relação aos programas, verifica-se na realidade brasileira um crescimento “de projetos na educação básica pública que têm como característica marcante a criação da jornada integral” (CAVALIERE, 2007.p.1016).
A implantação desses projetos de ampliação da jornada escolar no Brasil, mais especificamente no Estado do Rio de Janeiro, vem para atender a tudo o que já está previsto na legislação, nos planos e programas educacionais do Governo Federal.
Pode-se observar na legislação federal, a utilização do termo “contraturno”, que, no meu entendimento, deveria estar mais explícito o termo “educação integral”.
O currículo escolar/educacional envolve em seu conteúdo atividades artísticas, culturais, esportivas e de lazer, que podem ser contextualizadas através da interdisciplinaridade, mas que aparecem nas nossas leis como atividades complementares e, sendo assim, podem ocorrer na escola e/ou em qualquer outro lugar. Ao ser retirada a expressão “educação integral” e em contra partida, utilizando-se o termo “contraturno”, fica subentendido que apenas o aspecto temporal, isto é, a quantidade de horas que o aluno permanecerá aos cuidados da instituição aumentará. Não aparece de maneira clara, qual a proposta pedagógica do Estado, que através de suas parcerias e de convênios com ONGs, demonstra que faltam condições físicas, materiais e vontade política, ou talvez incompetência de alguns, para que possam ser criadas novas escolas que levem a fomentar a formação educacional de modo integral dos estudantes.
“Efetivamente temos uma escola pública essencialmente desonesta porque se ajusta, de fato, à minoria dos seus alunos. Aqueles, oriundos das classes médias, que têm casa onde estudar e, nesta casa, quem estude com eles. Exatamente os que, a rigor, nem precisariam da escola para ingressar no mundo letrado. Em consequência, repele e hostiliza o aluno-massa, que dá por imaturo ou incapaz [...].” (Ribeiro, 2009, p.184)
Ao nascer, somos todos iguais culturalmente, somente com o passar dos anos nos apropriamos e transformamos a cultura, que no sentido mais amplo e complexo chamamos de educação, que nos apresenta e acrescenta valores, crenças, e conhecimentos filosóficos, artísticos e científicos, que nos é possível adquirir através do educador que é o sujeito que propicia ao educando condições para que ele se eduque. O educador deve deixar de lado o seu antigo papel de ser apenas o que educa, gerando nos alunos o desejo de querer aprender, passando a ser o mediador entre a educação e o educando.
Todos nós queremos ser sujeitos de uma sociedade igualitária, e para que isso ocorra devemos repensar os conceitos e definições; pensar e tentar realizar; arriscar para poder errar menos e acertar mais; fazer o possível para que o cidadão/aluno/estudante brasileiro, menos favorecido economicamente possa ser visto na sua totalidade, com a possibilidade real de crescimento, através de estímulos da sua capacidade cognitiva e que ele possa se expressar, praticar, produzir e se relacionar com suas habilidades e competências para que no futuro eles possam cuidar deste Brasil que receberão como legado.

4.1 Legislação Federal:

<!--[if !supportLists]-->§  <!--[endif]-->Decreto Nº 7.083, de 27 de janeiro de 2010.
Art. 1o  O Programa Mais Educação tem por finalidade contribuir para a melhoria da aprendizagem por meio da ampliação do tempo de permanência de crianças, adolescentes e jovens matriculados em escola pública, mediante oferta de educação básica em tempo integral
§ 1o  Para os fins deste Decreto, considera-se educação básica em tempo integral a jornada escolar com duração igual ou superior a sete horas diárias, durante todo o período letivo, compreendendo o tempo total em que o aluno permanece na escola ou em atividades escolares em outros espaços educacionais. 
§ 2o  A jornada escolar diária será ampliada com o desenvolvimento das atividades de acompanhamento pedagógico, experimentação e investigação científica, cultura e artes, esporte e lazer, cultura digital, educação econômica, comunicação e uso de mídias, meio ambiente, direitos humanos, práticas de prevenção aos agravos à saúde, promoção da saúde e da alimentação saudável, entre outras atividades. 
§ 3o  As atividades poderão ser desenvolvidas dentro do espaço escolar, de acordo com a disponibilidade da escola, ou fora dele sob orientação pedagógica da escola, mediante o uso dos equipamentos públicos e do estabelecimento de parcerias com órgãos ou instituições locais.  

Art. 2o  São princípios da educação integral, no âmbito do Programa Mais Educação, prevê:
“a articulação das disciplinas curriculares com diferentes campos de conhecimento e práticas socioculturais”;
“a constituição de territórios educativos para o desenvolvimento da educação integral”; “a integração entre as políticas educacionais e sociais, em interlocução com as comunidades escolares”; “a afirmação das culturas dos direitos humanos”;
IV - a valorização das experiências históricas das escolas de tempo integral como inspiradoras da educação integral na contemporaneidade;
Art. 3o  São objetivos do Programa Mais Educação:
I - formular política nacional de educação básica em tempo integral;
II - promover diálogo entre os conteúdos escolares e os saberes locais;
III - favorecer a convivência entre professores, alunos e suas comunidades;
IV - disseminar as experiências das escolas que desenvolvem atividades de educação integral; e
V - convergir políticas e programas de saúde, cultura, esporte, direitos humanos, educação ambiental, divulgação científica, enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes, integração entre escola e comunidade, para o desenvolvimento do projeto político-pedagógico de educação integral
Art. 4o  O Programa Mais Educação terá suas finalidades e objetivos desenvolvidos em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, mediante prestação de assistência técnica e financeira aos programas de ampliação da jornada escolar diária nas escolas públicas de educação básica
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->A Portaria 17, que “instituiu o Programa Mais Educação, que visa fomentar a educação integral de crianças, adolescentes e jovens, por meio do apoio a atividades socioeducacionais no contraturno escolar” (Brasil, 2007C), segundo seu art. 1º, parágrafo único, será “implementado por meio do apoio a realização em escolas e outros espaços socioculturais, de ações socioeducativas no contraturno escolar” (Brasil, 2007C), com as Finalidades (que são apresentadas no artigo seguinte) de: “apoiar a ampliação do tempo e do espaço educativo e a extensão do ambiente escolar nas redes públicas de educação básica de estados, distrito federal e municípios, mediante a realização de atividades no contraturno escolar, articulando ações desenvolvidas pelos ministérios integrantes do Programa” (Brasil, 2007C), e no seu art. 5º, inciso III, determina que, com “incentivo e apoio a projetos que visem à articulação de políticas sociais para a implementação de atividades socioeducativas no contraturno escolar, com vistas à formação integral de crianças, adolescentes e jovens”. O Programa Mais Educação, aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas que foram agrupadas em acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica. A coordenação é da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC), em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e é operacionalizada por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
<!--[if !supportLists]-->§  <!--[endif]-->Lei Nº. 9.394 /96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), que determina     que a jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola (Art.34) e que o ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino. (§ 2º. Idem);
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Lei Nº. 9.394 /96 § 5º. do artigo 87 recomenda esforços para a progressão das redes escolares “urbanas” de ensino fundamental para a modalidade de tempo integral;

<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Lei Nº. 9.394 /96 Art. 88. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adaptarão sua legislação educacional e de ensino às disposições desta Lei no prazo máximo de um ano, a partir da data de sua publicação.
<!--[if !supportLists]-->§  <!--[endif]-->§ 1º As instituições educacionais adaptarão seus estatutos e regimentos aos dispositivos desta Lei e às normas dos respectivos sistemas de ensino, nos prazos por estes estabelecidos.
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Lei 10.172/2001 criou o Plano Nacional de Educação;

<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Lei 10.172/2001 regulamenta em seus Objetivos e Metas:
18. Adotar progressivamente o atendimento em tempo integral para as crianças de 0 a 6 anos,

<!--[if !supportLists]-->§  <!--[endif]-->Decreto Nº. 6.253/2007, que regulamentou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB;

<!--[if !supportLists]-->§  <!--[endif]-->Decreto Nº. 6.253/2007 “considera-se educação básica em tempo integral a jornada escolar com duração igual ou superior a sete horas diárias, durante todo o período letivo, compreendido o tempo total que um mesmo aluno permanece na escola ou em atividades escolares” (Art.4º);

<!--[if !supportLists]-->§  <!--[endif]-->Decreto Nº. 6.094, de 25 de Abril de 2007, implantação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, que em sua diretriz IV que recomenda ao poder público combater a repetência dadas as especificidades de cada rede, pela adoção de práticas como aulas de reforço no contra-turno, estudos de recuperação e progressão parcial (Art.2º.), e na diretriz VII traça como meta ampliar as possibilidades de permanência do educando sob responsabilidade da escola para além da jornada regular. (Idem);

<!--[if !supportLists]-->§  <!--[endif]-->Emenda constitucional (PEC Nº. 317/08) que altera o art.208 da Constituição Federal, ao instituir a jornada de tempo integral no ensino fundamental;

<!--[if !supportLists]-->§  <!--[endif]-->Resolução Nº 43 de 14 de outubro de 2008
CONSIDERANDO o intuito de promover e manter condições propícias ao desenvolvimento de atividades de educação integral em escolas públicas e concorrer para o alcance dos relevantes fins dessa diretriz educacional;
Art. 2º Autorizar incremento, em recursos de custeio, nos repasses destinados às escolas públicas que desenvolvem atividades de educação integral, de que trata o art. 13 da Resolução nº 19, de 2008, cujos Planos de Atendimento da Escola foram aprovados pela Entidade Executora (EEx), à qual estejam vinculadas, e incluídos no Plano de Atendimento Global Consolidado aprovado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (SECAD/MEC), nos termos do art. 14 da aludida Resolução.


4.2 Estadual

<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->1º Programa Especial de Educação  – 1º PEE

<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->2º Programa Especial de Educação  -- 2º PEE

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Diante do exposto, concluo que a falta de continuidade nos projetos para a melhoria da educação pública, por conta de vaidades pessoais de políticos que não tem compromisso com a população que o elegeu, fez com que uma forma diferenciada de educar, de respeitar o ser humano, de dar dignidade e nivelar a população brasileira, neste caso, a população menos favorecida do Estado do Rio de Janeiro, que desfrutava dos benefícios sociais e educacionais dos CIEPs fosse simplesmente “abortada”.
As localidades mais carentes que atualmente sofrem com a criminalidade presente em seus becos e vielas, se tivessem um CIEP atuante que desse aos seus moradores instrução, cultura, acesso aos meios de desenvolvimento que eram oferecidos neste modelo de escola pública, talvez não necessitassem de UPPs instaladas para reprimir os atuais “delinquentes” gerados pela desigualdade social ainda preservada pelo ditado que diz; “para os ricos, a política, para os pobres, a polícia”.
Possibilitar o acesso a especialização para os membros do magistério, pois a Capacitação é requisito fundamental para uma boa educação. 
Por mais que se desenvolva a tecnologia educativa, o professor continua sendo o nervo da educação. Só através dele e de seu preparo adequado, a escola alcança, com seus alunos, dos mais fracos aos mais habilidosos, aquele domínio essencial dos instrumentos de comunicação social e cultural” (Darcy Ribeiro).
Atualmente os professores estão tendo sua dignidade massacrada por causa de seus baixos salários, pela falta de respeito dos alunos que os agridem em sala de aula, pelos pais que despreparados não sabem a importância da educação na formação de seus filhos e que na sua ignorância apóiam, esse tipo de comportamento, dentro desta selva estúpida que se transformou a sala de aula, e finalmente no desinteresse de todos em buscar algo para melhorar esta situação caótica encontrada, quando está sendo necessária a presença de policiais dentro de escolas públicas para prevenir agressões, causadas pela falta de valores que não são repassados aos filhos pelos pais, além do uso e venda de drogas dentro do ambiente que deveria servir como exemplo, mas infelizmente no estado lamentável em que as escolas públicas se encontram, este tipo de ação se tornou “um mal necessário”.
Quando falamos em educação, devemos lembrar, sempre, de que ela foi feita para todas as pessoas, é um direito garantido aos cidadãos brasileiros, determinado na nossa Carta Magna, independentemente de classe social, de credo, de etnia, da cor da pele, da orientação sexual, entre outros.
Creio que os dirigentes brasileiros deveriam repensar a educação sem preconceitos. Aproveitando as experiências passadas, conservando os acertos, corrigindo os erros, avaliando e reavaliando, reformulando, incrementando e aperfeiçoando o que estava dando certo no passado, sem olhar para quem foi o criador do projeto, e sim, voltar o seu olhar para os educandos, para os educadores, enfim, para a EDUCAÇÃO.

BIBLIOGRAFIA

COELHO, Lígia M.C.C. Educação Integral em Tempo Integral: estudos e experiências em processo. Rio de Janeiro: Faperj: 2009
PARO, Vitor. : Escola de Tempo Integral: Desafio para o Ensino Público. São Paulo: Cortez/Autores Associados: 1988
LOBO Júnior, D.T.: CIEP: A importância de um desejo pedagógico. (Dissertação de Mestrado) Niterói: UFF: 1988
FARIA, Lia. : Escola Pública de Tempo Integral. As Lições da Prática. Fundação Carlos Chagas, fevereiro/1987
RIBEIRO, Darcy: O Livro dos Cieps. Rio de Janeiro: Bloch, 1986

 Referências Bibliográficas:

LIBÂNEO, José Carlos. : Democratização da Escola Pública. São Paulo: Edições Loyola: 1984
GADOTTI, Moacir. : Educação e Poder. Introdução à Pedagogia do Conflito. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1984
NIDELCOFF, Maria Teresa. : Uma Escola Para o Povo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1978
FREIRE, Paulo. : Pedagogia do Oprimido. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975
ROBIN, Paul.: Educação Integral. In: GARCÍA MORIYÓN, F. (org) Educação Libertária – Bakunin e outros. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989
MACHADO, Lucília M. Politecnia, escola unitária e trabalho. São Paulo: Cortez/ Autores Associados, 1989
PARO, V. Educação integral em tempo integral: uma concepção de educação para a modernidade. I Seminário Nacional Educação em Tempo Integral (Neephi). Rio de Janeiro: UniRio, 2008
ARROYO, Miguel Gonzales. O direito ao tempo de escola. Cadernos de Pesquisa. n. 65, (1988)
COSTA, Marly Abreu. Comparação das estimativas do custo/aluno em dois CIEPs e duas escolas convencionais no município do Rio de Janeiro. Educação e Sociedade, n. 40, (1991)
MAURÍCIO, L.V. e SILVA, I. Avaliação Externa 1993 e 1994. Carta 15: O Novo Livro dos CIEPs.  Brasília: Senado Federal (1995)
CAVALIERE, Ana Maria. Escola de Tempo Integral: uma Ideia Forte, uma Experiência Frágil. In: CAVALIERE, A.M. e COELHO, L.M.C. (Orgs) Educação Brasileira e (m) Tempo Integral. Petrópolis: Vozes, 2002
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL (1988)










Nenhum comentário: